Está a morrer a mulher sentada na janela da vida.
Ninguém a vê.
Dizem que o mundo que olha pela janela é o seu.
Não o reconhece.
Está a morrer a mulher sentada na janela da vida.
Está só.
Morre nessa solidão com as marcas na pele dos caminhos secretos.
Doiem essas marcas... São feridas que fizeram casa dentro de si.
E a mulher sentada, só, ferida, morre, lentamente, sem que ninguém a veja, ninguém a sinta.
Nesse mundo que dizem ser seu, passam, indiferentes, os transeuntes da vida, mascarados daquilo que nunca foram.
Morre lentamente sem que a saibam, sem ser gente.
Só, ferida, com a máscara da vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário