sexta-feira, 28 de maio de 2021

Resta a poesia


 Há pedaços de amor espalhados pelo chão da sala.

 Lá fora, na rua, a alegria foi atropelada por um camião de cinzas.

Os risos foram abafados por pedaços dos fatos dos fantasmas que se soltaram das prisões onde moravam.

Outrora, eram as brincadeiras das crianças que me despertavam na madrugada esquecida. 

Os pássaros, em debandada, fugiram para longe.

Resta-me a poesia em farrapos, as notas soltas de um piano, o despertar  de um novo dia banhado por rios de esperança.

Há pedaços de amor espalhados pelo chão da sala.
Lá fora, na rua, a alegria foi atropelada por um camião de cinzas.
Os risos foram abafados por pedaços dos fatos dos fantasmas que se soltaram das prisões onde moravam.
Outrora, eram as brincadeiras das crianças que me despertavam na madrugada esquecida. 
Os pássaros, em debandada, fugiram para longe.
Resta-me a poesia em farrapos, as notas soltas de um piano, o despertar  de um novo dia banhado por rios de esperança.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Nos olhos do faroleiro


 Entrei nos olhos do faroleiro

Meus olhos tornaram-se duas luzes

Tateiam agora o espaço sideral

Buscam as estrelas que se afastam velozes

Lá longe um navio acena, projecta sonhos de uma terra longínqua

O faroleiro traz os olhos cheios de horizontes, mundos por descobrir

Eu entrei neles, espalhei-me no azul e desvendei os segredos do mar

Sou apenas uma luz perdida no Oceano