segunda-feira, 29 de julho de 2019

Reescrever-me



Moro na quietude da minha inquietude...
Apetece-me reescrever-me!
Mas minha alma habita numas asas partidas...
Vivo na caverna dos sonhos...
Vislumbro uma luz ao fundo do túnel que não consigo alcançar...
Alma inquieta numa alma quieta...
Não pertenço aqui...quero voar! Mas onde encontrar minhas asas partidas, meus sonhos por realizar?
Apenas encontro refúgio no calor do teu beijo!

terça-feira, 23 de julho de 2019

Somos poeira das estrelas


Somos poeira das estrelas
Dançando ao som dos planetas
Perdidos no Universo
Somos luzes, ofuscados pelo brilho do sol
À sombra da lua dormimos
Nos grãos da areia da praia, nos perdemos
E à imensidão do colo de Deus regressamos
Viajantes das estrelas, eternos companheiros das galáxias...


sábado, 20 de julho de 2019

Semi-deuses



Somos semi-deuses
Dançando semi-nus sobre nós mesmo na roda da vida...
Seremos passatempo dos deuses
Ou deuses dançando num passatempo eterno?...
Talvez tudo, talvez coisa nenhuma...
Talvez sejamos apenas uma pequena particula, lançada no oceano infinito...
E a nossa dança continuará por entre sóis, estrelas e astros...até ao regresso à Fonte da Vida!


segunda-feira, 15 de julho de 2019

Canção à vida



Canto-te Vida num poema  inacabado,
 música que meus ouvidos ainda surdos escutam nos meandros da pauta do tempo...
Vida, poesia sem rimas
Estrofes encadeadas na perfeição duma aparente imperfeição...
Passado, presente e futuro cujas melodias se entrelaçam e dançam ao sabor do fluir dessa música...
Sinto em mim o pulsar dum coração timido e sobressaltado a cada mudança de tom que imprimes!
Distantes ficam os poemas que fiz para ti atrás nos anos...
Continuas Vida, dentro das várias vidas que vivi!Continuas no sonho que construí, nesse poema e música que construo a cada dia!Rima em mim a harmonia almejada!

Vida,  agradeço essa canção nesse poema sem fim !...




quinta-feira, 11 de julho de 2019

A tua morada em mim


E quando a noite caía, negra como breu, o escuro devastava e a solidão acendia o nó na garganta  corroído pelo tempo do desespero...vinhas. Eu não te via...mas aproximaste-te docemente, devagarinho, como quem tem medo de tropeçar e cair...e fizeste de mim a tua morada!
Desarrumaste, desalinhaste a minha vida e eu, trémula ainda, gostei que fizesses de mim a tua casa, sem pedir licença!..

Na minha morada,que é a tua ,habitam agora dois corações acesos em chamas e labaredas de amor, onde o sonho ainda perdura, como se fossemos duas crianças que brincam sem passado, àmanhã nem futuro...
Num tempo que parou, ficou o teu peito o meu peito em ninhos de paz e ternura doces...

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Obra de arte



Um dia vamos fazer uma obra de arte...
Pedaços de ti e de mim, pincelados numa tela branca na parede de uma vida dessas quaisquer...
Seremos música e letra de uma canção que só nós poderemos ouvir, genialidades desconhecidas dentro de nós mesmos...
...Ou seremos apenas pinturas vivas de uma vida passageira num mundo que construimos...

...Seremos talvez anjos sem sexo e sem asas, sobrevoando os meandros de duas almas perdidas no tempo...

...Ou eternos deuses imortalizados numa obra de arte para sempre inacabada...