segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Amanheces em mim



Descanso nas sombras das árvores e sou neta dos raios de sol que me aquecem esta pedra fria, onde escondo as águas  de um algibe. Chovo, sou fonte  para os sequiosos. 

Verde, amanheces em mim, com a frescura da geada e nevas. Recolho-me nessa nívea ternura.

Ensolas as minhas profundezas em luz. 


Embrenho-me nas copas das árvores e desvaneço.

 Sou apenas  uma rocha dura e tensa, enegrecida pelo tempo. Não acordo nem adormeço, nem trovejo nem ilumino.