domingo, 5 de novembro de 2017

Debruçada na janela


Debruçada sobre a janela da Vida...
Amava aquele azul da sua imensidão
Sentia nos cabelos o ar, repetindo ecos vindos dos confins de si mesma...
Estendia-se naquele mar e naquela praia onde vivia, descansava nas horas mortas...
Nessas horas, escutava as marés, as ondas que iam e vinham, deixar na areia da praia histórias que só os búzios sabiam os segredos...
Histórias de amores, histórias de sonhos desfeitos em grãos de areia...
Agora, debruçada na janela sobre a Vida...
Sabia que nenhuma história teria sido em vão, nenhum sonho ficaria desfeito, enquanto houvesse um sopro de maresia acariciando-lhe os cabelos...
Inspirou mais uma vez e deixou-se embalar pelos cantos das sereias...
Para lá daquela janela...a imensidão do Oceano infinito chamado Vida...que a encantava com seus mistérios!

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