Desperto, olhos ainda enevoados, de um sono profundo, moribunda durante quase um século!...O sangue parado nas veias, a alma empedernida, o corpo dormente!...
Eis que surge um ser divino...será um anjo, será um principe, será apenas uma luz? Vem, veloz, aproxima-se, no seu cavalo branco alado...vejo-o aproximando-se cada vez mais, como se fosse um sonho, os olhos ainda pesados, não consigo abri-los!..
Eis que chega, se prostra, de joelhos, me acaricia, me dá um beijo e...renasço para uma outra vida, desperta, finalmente, de um sono pesado, de um negrume que só um cavalo branco alado, um bater de asas pode desencantar para sempre!...
o cavaleiro vem possante...
ResponderEliminarsob a névoa da véspera matinal
vem acolhert-te errante
e limpar do teu rosto
lágrimas doídas de cristal!
não sei se erro e se há perdão
não sei...
perturba-me esta questão
e avanço sem loucura ou razão
nas planicies desertas onde semeei
a colheita para o meu coração...
gostava que o poema tentado
terminasse sem dor nem pecado;
estar certo ou errado...
oh! ... musa fêmea que descobri
perdoe: batem asas de colibri
que há décadas descobri
e não esperam por mim...
sim?
não?
cavaleiro tímido envergando armadura
não é o mesmo que se vê por fora
pois só ousa mostrar por dentro
a já tua partilhada ternura
mas que tem e tem e não quer ir embora...
sim?
não?
PERDÃO... )...( NÃO PROCURES. ENCONTRA!
bj