domingo, 15 de novembro de 2015

Rio de silêncios



Há um rio de silêncios entre nós
Habitamos os silêncios das palavras que não dizemos
Seca o rio na garganta
Nesse caudal onde mora a impaciência da espera, talvez toda uma vida...
Silêncios pesados, incertezas diluidas no turpor vazio dos dias
e a ânsia que tarda dos sonhos não realizados
A caneta não escreve, pára entre uma sílaba ou outra quando te escrevo...
As mãos trémulas caiem por fim, cansadas, mudas, trémulas sobre a folha branca na imensidão da vida
Talvez habitemos os nossos poemas, talvez vivamos nos sonhos onde dormimos...
Talvez
Talvez o passado e o futuro se fundam e passem neste caudal de silêncios, alheios às nossas vontades
Voam os pássaros lá fora sobre as copas das árvores...talvez eles eles te segredem ao ouvido os segredos guardados que tenho para ti...
E eu moro nos sonhos dos silêncios...

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