Amavamo-nos como os homens amam os deuses
Amavamo-nos no ardor de um momento eterno
Amavamo-nos com os corpos
As bocas, presas em beijos
As gargantas caladas, secaram nos silêncios
Amavamo-nos e não sabiamos
O medo enregelava-nos, petrificando-nos o ser
Restava apenas o furor dos vulcões, o chorar das baleias ao longe
Inebriados com o vinho escorrendo nas veias
Sobravam apenas o momento eterno na vida fugaz
Dois corações que batem num respirar de dois peitos num só corpo
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