quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ausência




Sentada na soleira da solidão, via os dias passarem junto à porta  e sentia saudades do que ainda não tinha vivido...
Lá longe, bem longe a Tua sombra, envolta em Luz, num semblante de olhar cor do mar...
Tentei alcançar-te com a ponta dos dedos das minhas mãos cansadas dos vazios...

Agora, era apenas um vislumbre da menina que tinha sido...tornou-se mulher e nem tinha dado conta, distraída, nos sonhos da vida!...
Sou aquela que terás esquecido nas memórias dos meandros dos tempos...as histórias terão sido apagadas dos livros de poemas...
Mas, eis que reacendida a chama cinza-laranja dos dias solitários, talvez te reencontre entre o fogo da paixão e as cinzas das memórias...talvez me reencontre...



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