segunda-feira, 28 de novembro de 2016

SONHO



No silêncio ensurdecedor da noite, perante o sussurro das paredes brancas e os gritos carunchosos dos móveis, adormecia e sonhava...
Tentava agarrar os sonhos e transcrevê-los para as folhas brancas, vazias, do livro da vida...
Arrancava dos sonhos as folhas rascunhadas, sujas de tinta e reescrevia-as com tinta sanguínea do coração...
Acordava, agarrando as manhãs, ao respirar das madrugadas, e sentia o fôlego trazido pelo vento para renascer num novo dia...
Agarrava os dias com as  forças que encontrava na promessa de dias de Luz...
Até que a noite se debruçava sobre ela para lhe contar ao ouvido segredos de amor...

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