segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Inspiração



Menina que sou, escrevo sem pensar, as palavras florescem...
das entranhas são arrancadas como raízes de uma terra fértil de sementes...
Escrevo as palavras nascidas onde moro..
Soltam-se versos como gritos, origens incógnitas nos confins de um Ser...
...e escrevo...
escrevo a alma que chora, que ri...
escrevo a angústia, a perda, a solidão, saudade, o amor...
Estranho o som das palavras, as imagens atordoadas...
estremece o ser...
Possuem-me velozes, insensíveis à razão...
Não param na loucura... agitam-se e quedam-se num papel amarrotado...
Não sei a sua origem...
Se loucura ou lucidez...

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