sexta-feira, 15 de abril de 2011

O meu nome é...


Ondina

"Na mitologia germanico-escandinava, chamavam-se Ondinas às ninfas aquáticas de espetacular beleza que habitavam nos lagos, rios ou fontes. Têm a sua correspondência nas Nayades da mitologia grega.

A partir do século XVIII, as ondinas converteram-se em sujeitos literários com o auge do conto fantástico alemão que rapidamente se estendeu por toda a Europa.

Lenda Alsaciana

Ondina é a heroína de uma lenda alsaciana. Aquando do seu nascimento, todas as fadas da comunidade se reuniram em torno do seu berço e lhe proporcionaram muitas qualidades. Sua avó, que também era fada, proporcionou-lhe uma persistência excepcional. Um dia Ondina é raptada por um jovem nobre por quem se apaixona a tal ponto que recusa ir ver a sua mãe que se encontra doente. Como castigo, sua avó condena-a a amar para sempre o jovem nobre. Este, cansado dela, finge dizer que ela o enganou com outro. Diz-lhe que não acredita nela a não ser que lhe traga um jarrão enorme cheio de água do rio Niddeck. Depois de tres dias de marcha, carregando esse enorme peso, Ondina cai exausta à água enquanto enche o jarrão. Sua avó, a fada, vai resgatá-la e para evitar-lhe continuar sofrendo por causa do nobre, transforma-a em uma ninfa protectora das águas do rio Niddeck. Desde então, nos dias de tormenta, vê-se o seu reflexo na água das cascatas do rio...

Outro significado

O termo também tem sido usado como nome próprio para esse espirito aquático: A Ondina.

A Ondina era uma ninfa aquática da mitologia germanica. Era dona de uma beleza espantosa e, como todas as ninfas, imortal. Uma das únicas ameaças para sua felicidade sem limite seria apaixonar-se por um mortal e ficar grávida dele. Se isso sucedesse, a ninfa perderia seu dom de vida eterna.

Ondina apaixonou-se por um brilhante cavaleiro chamado Sir Lawrence e cedo se casaram.Quando fizeram os votos, Lawrence disse: "Até ao último alento que saia da minha boca, oferecer-te-ei o meu amor e fidelidade". Foram então viver num fabuloso castelo. Após um ano de estarem casados, Ondina deu à luz um filho de Sir Lawrence...a partir daquele momento, a ninfa começou a envelhecer. Pouco a pouco a sua beleza esplendida foi desaparecendo e o interesse de Sir Lawrence por ela também.
Uma tarde, Ondina estava a passear perto dos estábulos quando ouviu os gemidos de Sir Lawrence. Ao entrar, viu o seu marido dormindo nos braços de outra mulher, jovem e formosa. E então, furiosa, feriu ferozmente o homem com a ponta do seu dedo. A ninfa amaldiçoou-o com as seguintes palavras:

" Prometeste-me que o ultimo suspiro que saisse da tua boca seria para mim e eu acreditei no teu voto. Então que assim seja. O tempo todo que permaneças acordado, o teu alento te pertencerá, mas se alguma vez adormeceres teu alento me pertencerá e tu morrerás!"
O cavaleiro fez tudo para se manter acordado, a ideia de morrer tirava-lhe o sono, e assim aguentou muitos dias, cada vez mais torpe e cansado. No final, decidiu deitar-se com sua amante uma última vez e então prometeu-lhe que até ao último alento que a vida lhe deixasse seria para ela. E cumpriu sua palavra.
O sonho da Ondina, sua maldição, é a morte dos que traem suas promessas de amor."



Venturas e desventuras de Ondinas..coincidencias ou histórias que se transformam em realidade?

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