quarta-feira, 11 de junho de 2014

Há quanto tempo?


Há quanto tempo não tens tempo?
Há quanto tempo não paras para ouvir bater teu coração?
Há quanto tempo não paras para sentires os raios de sol que te acariciam a pele?
Há quanto tempo não te deitas à sombra de uma árvore a abraças contra teu peito?
Há quanto tempo não paras para ouvir os risos das crianças e não brincas com elas?
Há quanto tempo não te deitas no chão sob um céu estrelado e contas as estrelas?
Há quanto tempo não paras para abraçar teus amigos, para namorar e beijar, para amar?
Há quanto tempo não paras para sentir os aromas: de terra molhada, brisa do mar, perfume de flor...?
Há quanto tempo não paras para sentir as gotas da chuva caindo?
Há quanto tempo não paras para pisar uma folha seca de Outono, caída na borda da estrada?
Há quanto tempo não paras para sentir a brisa do vento que passa, o chilrear de um pássaro que voa?
Há quanto tempo não agradeces por estares vivo?
Há quanto tempo não choras, não ris, não gritas como uma criança?
Há quanto tempo não és criança?
Há quanto tempo não paras para sonhares acordado?
Há quanto tempo não escreves um fragmento do livro da tua vida?
Há quanto tempo não celebras o maior sonho da tua Vida - TU?!...



segunda-feira, 9 de junho de 2014

De regresso ao ventre materno


De regresso ao ventre materno...
Onde tudo nasce, tudo jaz...
Onde todas as coisas permanecem na intemporalidade...
Onde só há paz...
Refúgio de uma vida, pulsares de outras galáxias,
músicas quentes num toar de corações que se tocam...
Vida dentro de outras Vidas...
Ser Uno...
e ...cintilar de um Mundo para onde regresso...
Ventre Materno..onde só há Paz!...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Perguntei ao vento



Perguntei ao vento porque me leva as perguntas e não me traz as respostas...
Perguntei ao vento porque me traz a saudade e me quer levar as lembranças...
Perguntei ao vento porque me deixa as memórias e não me leva os sonhos...
Perguntei ao vento porque leva e traz tudo num constante corropio que me tolda a cabeça...
porque não volta tal como as andorinhas em manhã de Primavera...porque não fica num beijo esquecido do tempo...
Vento que vais e vens...lembra-te que alguém espera...  esperança vã na infinitude e eternidade das coisas...vento efémero, vento agreste, passa e acaricia quem por ti espera que tragas os segredos ditos ao ouvido na ausência dos momentos ternos!...