terça-feira, 20 de maio de 2014
Descendo ao Inferno de Dante
Desces ao Inferno de Dante,
queres purgar os crimes que não cometeste...
Tento resgatar-te, mas nessas profundezas não te encontro...
Debates-te, qual guerreiro incansável, contra os monstros recônditos no breu ,
dores lancinantes de um choro engolido...
Perdido nessa selva escura, tentas encontrar o teu caminho...
Em vão estendo meus braços e quero resgatar-te...
Eis que surge um monte, íngreme... sobes, sem medo...
seguido de longe, pela Pantera, Leão e a Loba... pecados inconfessáveis e não cometidos..
encontras teu amigo, tu próprio, surgido da tua escuridão,
saído das trevas, finalmente tens minhas mãos, que te esperam, ansiosas...
ainda trémulas de medo, esplendorosas, entrelaçamos seus dedos...
e da escuridão sai a Luz, gloriosa e resplandecente..
e tu brilhas para sempre nesta promessa de Amor Eterno...
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